domingo, 7 de fevereiro de 2010

Era uma vez um Reino Encantado ...

...e seus alegres personagens:
Aiasaias
Brufada
Bruxúditos
Casteluxa
Castincesa
Draguxa
Encantuxa
Fabruxa
Fadrincesa
Fadrinha
Fadruxa
Florrainha
Florestaias
Florestlua
Florestrelas
Florestuxa
Madrifada
Magincesa
Magireal
Magirreal
Pajensaias
Palincesa
Palacíncipe
Povíncipe
Povuxa
Prinfada
Prinpovo
Prinreino
Prinuxa
Reincesa
Reinuxa
Reiníncipe

E ainda:
Guardasogrosmágicos
Monstrospântanoscavernas
Músicanúncioaurora
Névoasnuvensventos
Ricospobresjustiça
Solcriançaslua...

E todos viveram felizes para sempre, apesar de (ou por causa disso):
Animaizinhos sem dor
Baile de máscaras sem máscaras
Bancos sem saltos nem tins
Barbeiro sem pente e tesoura
Bem-feito sem nariz mal-feito
Brasão-de-armas sem armas
Brisa sem muitas frescuras
Bruxa sem um caldeirão
Camareiras sem fofocas
Carruagens sem cavalos
Castelo sem ‘Que mistérios!...’
Cavalheiros sem mesuras
Céu sem precisão de azul
Chuva sem manda-chuvas
Corte sem cortesãos
Dia sem cabra vadia
Discurso sem multidão
Distâncias sem imensas saudades
Donzela sem dote algum
Dragão sem fogo nenhum
Encantos sem desencanto
Eremita sem deserto
Escuro sem medo de criança
Fada sem sua varinha
Farol sem luzes perdidas
Faz-de-conta sem bagunça
Feiticeira sem feitiços
Festa sem convidados
Filme em inglês sem legendas
Flauta doce sem açúcar
Floresta sem sérios perigos
Galáxia sem um pingo de luz
Herói-mirim sem façanhas
Histórias sem eraumavez
Idade Média sem média de idade
Juiz sem o menor juízo
Madrasta sem madrastagens
Mago sem tanta magia
Matemáticos sem problemas
Maravilhas sem aeroporto
Menestrel sem bandolim
Mensageiro sem mensagens
Ministro sem plenos poderes
Mordomo sem mordomias
Muralhas sem nada dentro
Namorados sem ternura
Noite sem grandes pavores
Ouvidor-mor sem ouvidos
Palácio sem paço ou espaço
Palhaço sem palhaçadas
Pares-de-frança sem par
Passarinhos sem larará
Poção sem qualquer efeito
Poetas sem poesia
Pomar sem sombra de adultos
Pombos e corvos sem brigas
Prefeito sem obrasprainglêsver
Princesa sem sangue azul
Proezas sem gente grande
Rainha sem falsos desmaios
Rei sem sua majestade
Reino sem fronteiras certas
Sábios sem vãos saberes
Saltimbancos sem saltos brancos
Semana sem feriados
Soldados sem capa-e-espada
Sonhos sem dúvida sonhos
Súditos sem suditagens
Taverna sem alvará
Tesoureiro sem tesouros
Vassalos sem vassalagens
Vassoura sem bruxa por perto
Vilões sem o mínimo jeito
Vovó sem "Uns anjinhos, tadinhos!"...


É para Dolores Duran, por mais estranho que possa parecer. Para Dolores que não morre nunca.
Admito a apropriação indébita ao escritor inglês Lewis Carrol, autor de "Alice no País das Maravilhas" etc.

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