Pertenço àquele grupo que ainda não leu Dostoievsky. E nem lerá. Isto porque, segundo um conceito corrente, diante de sua obra o sujeito mergulha e se ilumina ou recua, acovardado, tremendo. 
     Já procurei nos bolsos da mente um passaporte, uma senha que me auxiliasse a atravessar a fronteira de palavras e penetrar no país-Dostoievsky: nada achei, nada acharei, bem sei. 
     Talvez admirar os que o lêem e o que sobre ele escrevem seja mesmo meu humilde destino. Admirável destino!
     Se houver uma Associação dos Desleitores de Dostoievsky, incluam-me nela...
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